O banheiro localizado na universidade é um protótipo e o objetivo dos idealizadores é repensar um espaço e um sistema que muitas poucas pessoas questionam, mas que podem ser mais sustentáveis: os banheiros e vasos sanitários.
Com o projeto, a ideia é apresentar a proposta para os alunos e alunas do campus. Segundo Dahmen, muitos estudantes não sabiam o que acontecia com o que deixam no banheiro depois de apertar a descarga.
“Queríamos transformar uma rotina diária que todos conhecemos em uma experiência agradável que nos lembrasse de nossa conexão com os ciclos ecológicos”, explica o professor.
O vaso sanitário sem água separa os dejetos humanos líquidos dos sólidos, com os sólidos indo para um compartimento revestido de micélio, onde testes de laboratório indicam que 90% dos compostos causadores de odores são eliminados. As fezes são então convertidas, de forma lenta e segura, em um enriquecedor de solos e a urina se transforma em fertilizante líquido.
Nos sistemas convencionais, urina e fezes passam por processos de higienização que obedecem a limites regulatórios, antes de serem despejados no mar ou nos rios na forma de “efluente”. “Há muito material útil nesses efluentes e podemos recuperá-lo. Então, estaremos agregando valor e criando um modelo mais circular para a economia e nossas vidas”, diz Hallam.
Steven Hallam explica que as raízes das árvores têm certos fungos que ajudam as árvores a absorver nutrientes e protegê-las de patógenos. E são estas propriedades que interessam ao sistema de tratamento natural usado no banheiro construído com paredes de madeira.
Para Dahmen esse banheiro pode ser adotado em grande escala por países que precisam de soluções rápidas e simples para o saneamento básico. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o mundo tem hoje cerca de 3,4 bilhões de pessoas sem acesso ao saneamento seguro.
“Apesar do progresso na última década, bilhões de pessoas ao redor do mundo ainda não têm acesso a serviços essenciais de água, saneamento e higiene, o que as coloca em risco de doenças e exclusão social mais profunda”, afirmou a OMS em um comunicado.
Fonte: Ciclovivo





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